O trabalho híbrido ou integralmente home office é maravilhoso, não é? Bem, nem sempre. Nesta postagem apontamos os principais benefícios, assim como os maiores desafios de se trabalhar em casa. Dentre eles, falaremos agora sobre um dos mais impactantes: os possíveis prejuízos à sua saúde física. Mas calma, também abordaremos estratégias de como minimizá-los ou superá-los.
Nos dias atuais, grande parte das empresas tem prezado por respeitar as normas de ergonomia dos móveis corporativos e optado por mesas, cadeiras e outros acessórios que melhoram o bem-estar físico dos colaboradores e evitam possíveis acidentes decorrentes, por exemplo, de uma má postura em longo prazo. No entanto, quando as pessoas passam a trabalhar em casa se cria um novo cenário: a necessidade de levar esse conforto e preocupação ao home office. Logo, apesar de parecer mais confortável e interessante trabalhar no sofá ou na cama, na prática essas ações, quando executadas diariamente, podem causar danos à sua saúde.
Os riscos
O primeiro passo para aqueles que experimentam o trabalho em casa é, sem dúvida, um espaço adequado e ergonômico. Infelizmente, questões como desconhecimento e fatores econômicos fazem com que muitos profissionais optem por cadeiras comuns, mesas de jantar, puffs e outros móveis que não são planejados para se adequar a longas jornadas e diferentes biótipos, ou seja, não possuem mecanismos de conforto.
Além disso, estudos têm apontado um crescimento do sedentarismo após a pandemia – cerca de 35%. Isso pode indicar a diminuição da atividade que as pessoas precisavam fazer para se deslocar ao trabalho: ir até um restaurante para almoçar, pegar ônibus ou outros transportes coletivos, subir e descer escadas da empresa etc.
Se, por um lado, é mais cômodo ficar em casa, por outro estamos esquecendo de nos movimentar como antes. Você já pensou se sua rotina foi impactada dessa maneira? E, se sim, o que você tem feito para compensar a falta ou diminuição de atividade?
O sedentarismo não é o único tópico observável a respeito dessa mudança do trabalho presencial para o home office. Os quadros de pessoas com dores nas costas também têm piorado, mesmo na população mais ativa.
Essa situação vai ao encontro do que comentamos anteriormente: a dificuldade de trazer para dentro de casa mobiliários corporativos com ajustes ergonômicos necessários para uma jornada de trabalho extensa. A sua mesa de jantar ou a cadeira de rodinhas superantiga do seu escritório certamente não vão ajudar nessa questão.
Agora pense: se a população ativa tem reclamado a respeito do aumento de dores nas costas, o que dizer do sedentarismo associado a esse problema? Dores no corpo devido à má postura e falta de consciência corporal somada à ausência de atividade física diária é o combo perfeito para o desenvolvimento de problemas cardiovasculares, além de mudanças no humor e baixa produtividade no trabalho.
Acontece, no entanto, que a situação não para por aí. O home office também mudou a rotina das pessoas e muitas delas tiveram, entre outras sequelas, o sono desregulado – afinal, dá para dormir mais e acordar 5 minutos antes do início do expediente, não é? – piora nos hábitos alimentares, diminuição do “comer à mesa” para “comer na mesa do computador enquanto trabalha” e poucas pausas para levantar e se alongar.
O que vemos, diante disso tudo, não foi uma simples mudança no local de trabalho. As mudanças ocorreram em nível de contexto de trabalho. Isso significa que todos os fatores adjacentes, desde o lugar onde você almoça, as pessoas com as quais você interage, o tempo que passa dormindo e o cotidiano das casas e das famílias foram modificados.
Isso significa que o trabalho híbrido talvez seja mais interessante? Bom, cada caso é um caso, mas estudos apontam que os próprios profissionais estão pedindo às empresas que haja a possibilidade de trabalhar alguns dias durante a semana de maneira presencial. Os motivos são variados, desde as distrações que o ambiente familiar pode proporcionar, as interrupções por outros moradores da casa, a falta de contato presencial com outras pessoas, a dificuldade de concentração e, sim, uma diferenciação do ritmo de vida e a procura por melhor qualidade postural que as empresas costumam ter por meio do seu mobiliário específico.
O enfrentamento
O que fazer, então, para melhorar os possíveis prejuízos do home office? Abaixo seguem algumas dicas que preparamos para você. Mas, antes de mais nada, procure fazer uma listinha de tudo aquilo que você percebe que pode ser melhorado. A solução já se inicia quando tomamos consciência das nossas dificuldades.
- Sente-se em uma cadeira de escritório. Nessa postagem damos dicas de quais você pode adquirir.
- Mantenha o quadril em 90 graus.
- Deixe sua coluna ereta e procure ter consciência sobre a sua postura ao longo do dia.
- Utilize um apoio para os pés.
- O seu computador deve estar na altura dos seus olhos. Caso contrário, use um suporte específico para elevá-lo.
- Pratique atividades físicas. Mexa-se da maneira que for mais apropriada para você. Caminhada, corrida, academia, bicicleta… não importa, o que vale é não passar o dia todo em frente às telas.
- Faça alongamentos. No Youtube você encontra várias aulas rapidinhas para melhorar a sua postura e aliviar dores já existentes.
- Mantenha-se firme à sua carga horária. Ou seja, não é porque você está em casa que precisa trabalhar mais do que o combinado.
- Faça pequenas pausas a cada 50 minutos, pelo menos.
- Alimente-se bem e evite ficar beliscando enquanto trabalha.
- Durma ao menos 7 horas por noite.
Lembre-se: trabalhar em casa não significa, necessariamente, uma vida menos ativa e fisicamente dolorosa. No entanto, é de extrema importância que você preste atenção na sua rotina e nos seus hábitos diários.
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