Você já parou para pensar que quando ouvimos ou lemos a palavra “produtividade” logo a associamos ao ato de trabalhar? É como se não houvesse a possibilidade de ser produtivo ou desfrutar desse conceito fora do ambiente profissional em que nos encontramos.
Apesar de incorreto, faz todo sentido. Afinal, a maioria de nós vende a capacidade de produção em troca de salário, o que garante a nossa sobrevivência. É válido ressaltar, porém, que a produtividade é a relação entre capacidade de produção e tempo, o que confere sentidos variados dependendo do nosso contexto, não é?
Ser produtivo para uma pessoa pode significar conseguir manejar bem a sua rotina, manter-se firme nos seus afazeres, limpar todos os cômodos da casa a tempo de seus amigos chegarem, resolver todas as atividades profissionais programadas etc. Diante da variedade das possibilidades de ser produtivo, podemos concluir que o marco comum a todas é a ação produzida em prol de algum resultado. Ou seja, ser produtivo demanda esforço e objetivo.
O que acontece, todavia, se adoecemos ou se estamos sobrecarregados emocionalmente? A produtividade cai. Não importa se as demandas são pessoais ou profissionais, mas é impossível viver os 365 dias do ano em alta performance. Logo, naturalizar e mensurar a alta produtividade como algo contínuo e corriqueiro pode gerar disfuncionalidades físicas, emocionais e psicológicas – que leva ao que veremos a seguir: o burnout.
Burnout
Em relação ao trabalho, a luta por alcançar os objetivos por meio da produtividade talvez esteja passando um pouco do ponto no Brasil. Isso porque 2022 foi o ano em que houve a inclusão oficial da Síndrome de Burnout no CID-11 pela Organização Mundial da Saúde, o que elevou o status de Burnout à doença.
Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, a Burnout tem afetado cerca de 30% dos brasileiros inseridos nos mercado de trabalho, além dos 72% que sofrem com estresse no ambiente profissional. Número reveladores, não é verdade?
Por isso, faz-se urgente falarmos sobre o excesso de produtividade e sua relação direta com a saúde e a qualidade de vida. Como conseguir, então, equilibrar eficiência profissional e bem-estar? Siga a leitura, pois temos algumas dicas importantes para dar.
Gestão e saúde integrada
Você é o principal responsável pela sua saúde, pois é o mais afetado em qualquer circunstância adversa. No entanto, você não é o único: o seu local de trabalho também deve propiciar estrutura física e suporte emocional para mantê-lo motivado, produtivo e estimulado a permanecer no seu posto. Assim, as empresas evitam demissões, atestados médicos recorrentes e mantêm colaboradores engajados e estimulados.
Infelizmente, sabemos que essa não é a realidade de muitas pessoas e que, por vezes, você deverá fazer por si mesmo. Para isso, fique atento à sua saúde:
- Física – postura, hábitos alimentares, atividades físicas, exames laboratoriais.
- Emocional – nível de estresse, ansiedade e padrões comportamentais.
- Mental – níveis de atenção, raciocínio, sensopercepção, cognição.
Entenda-se como um indivíduo complexo e que, por vezes, necessita de auxílio, compreensão e acolhimento tanto de colegas de trabalho como de familiares e amigos. Ser produtivo e cumprir com suas obrigações e desejos é ótimo, mas compreender seus limites e respeitá-los é ainda melhor, porque evita tanto o adoecimento quanto as quedas bruscas em termos de eficiência.
Equilíbrio já!
Para garantir que você termine de ler essa postagem e já possa colocar algumas atitudes em prática, daremos dicas básicas, mas extremamente importantes, para gerar mais equilíbrio no seu dia e menos estresse na sua mente, que tal?
- A cada 50 minutos de trabalho, levante-se e se alongue. Isso ajudará na sua circulação sanguínea, flexibilidade, postura e relaxamento.
- Opte, durante a sua jornada de trabalho, por refeições saudáveis e balanceadas. Além da digestão ser mais tranquila, suas funções mentais como cognição e atenção mantêm-se adequadas, evitando queda brusca de eficiência.
- Crie obstáculos para comportamentos nocivos. Isso reduzirá a chance de você repeti-los. Exemplo: você evita a todo custo levantar-se para ir ao banheiro até terminar todas as atividades pendentes. Além de ser prejudicial para sua saúde física, o seu nível de estresse pode também ficar elevado. Portanto, que tal colocar o relógio para despertar a cada 1 hora? Lembre-se de respeitar as suas necessidades fisiológicas sempre.
- O “sono reparador” não é mentira. Dormir com qualidade ajuda na consolidação das memórias, o que leva a melhores aprendizados e retenção de informações importantes! Planeje-se para ter uma boa noite de sono.
- Tenha mobiliários verdadeiramente ergonômicos no seu escritório ou home office. Isso inclui mesa, cadeira, apoio para pés, suporte para monitor e quaisquer elementos que favoreçam o seu conforto e manutenção de uma postura adequada. Nesse ponto, pode contar com a Escritolândia.
- Por último e não menos importante: reserve algum momento, todos os dias, para atividades de lazer e algum hobby. Você merece e precisa ter momentos seus, afastado dos afazeres do trabalho para, justamente, manter-se feliz e motivado. Caminhadas, televisão, momentos em família, seja o que for: tire um tempo para desfrutar dos prazeres simples da sua rotina. Isso é enriquecedor.
Efetuar mudanças, por menores que sejam, nunca é fácil. No entanto, pequenas modificações no seu dia a dia podem gerar excelentes resultados na sua qualidade de vida e sentimento de eficácia.