Ok, vamos ser honestos: o conceito de humanização dos ambientes de trabalho não é tããão novo assim. Quer dizer, é novo se pensarmos que há 30 anos ou menos, falar sobre as necessidades emocionais, sociais e físicas de colaboradores de uma empresa pareceria uma grande baboseira. Porém, uma coisa é certa: há uma diferença entre a existência da “humanização” enquanto conceito/valor da empresa e o despertar disso enquanto tendência.
Afinal, quando nos referimos à tendência dentro de algum nicho – nesse caso, dentro do meio corporativo -, afirmamos que há uma predisposição, uma propensão das empresas e pessoas seguirem esse caminho. Logo, parece-nos um grande avanço quando temos como tendência de 2023 a humanização dos ambientes corporativos, não é verdade?
Projeto executado pela Escritolândia para a empresa Doppus.
CONTROLE DE DANOS OU BENEFÍCIOS REAIS?
Ao contrário do que muitos imaginam, valorizar o aspecto humano dentro dos espaços corporativos não significa criar um exército de funcionários passivos e pacíficos em troca de meia dúzia de benefícios. Essa visão disruptiva tem muito menos a ver com controle e pacificação e muito mais com:
- Aumentar o engajamento das equipes
- Entender o ser humano também em suas demandas emocionais e psicológicas
- Trazer conforto e segurança
- Organizar a gestão e o espaço físico de acordo com as necessidades da empresa e dos funcionários
- Valorizar o capital humano como o recurso mais importante
- Reter talentos
- Diminuir o turnover (taxa de rotatividade de pessoas)
Esses são apenas alguns dos pontos que podemos levantar sobre os benefícios da humanização dos ambientes de trabalho. Pode-se perceber, portanto, que o caráter dessa estratégia está focado em duas características principais: tornar o espaço corporativo menos impessoal e conciliar as necessidades físicas e emocionais dos colaboradores com as metas da empresa. Dessa forma, descarta-se a antiga ideia de que aumentar a pressão e estresse faria com que os funcionários produzissem mais e melhor e se abre um novo espaço em que diretoria e colaboradores conseguem articular novas noções de tratamento, conexão, conforto físico, gestão e rendimento.
Assista a esse vídeo e veja o que os arquitetos da +2Arquitetura têm a dizer sobre o assunto.
MAS COMO HUMANIZAR UMA EMPRESA?
Se entendermos que “humanizar uma empresa” trata-se de criar medidas que elevam a satisfação das pessoas que ali trabalham e, com isso, criar ambientes mais produtivos e harmoniosos, podemos concluir que:
- A gestão de pessoas dentro da empresa precisa acontecer dentro de um plano de conexão real com os funcionários. Ou seja, é necessário que haja diálogo, acolhimento e uma possível horizontalização da hierarquia. Por conseguinte, diversas decisões podem ser tomadas em conjunto, em um espaço de debate eficaz e construtivo. Se quiser saber sobre os benefícios dos ambientes de trabalho coletivo, leia essa postagem.
- O espaço físico também é de fundamental importância para garantir conforto, reduzir estresse e trazer bem-estar ao dia-a-dia do funcionário – principalmente em dias de altas demandas profissionais. Dessa forma, muitas empresas estão apostando em áreas coletivas funcionais, divertidas e estéticas como pequenas praças de alimentação e espaços de descompressão. Clique aqui e veja o que escrevemos sobre o assunto.
- Além disso, as tradicionais salas de reunião estão cedendo lugar para ambientes colaborativos mais despojados que estimulam a criatividade, facilitam a integração intra e entre equipes e buscam na informalidade o meio mais eficaz de produção. Assim, a atenção à qualidade, ergonomia e conforto dos móveis tem ganhado destaque.
Projeto feito pela Escritolândia para a empresa Teltec. Afinal, nem toda reunião precisa ser feita entre quatro paredes.
Por último, humanizar uma empresa requer, muitas vezes, quebrar barreiras e pensamentos que durante muito tempo tivemos a respeito de produtividade e trabalho sério. Hoje, com o aumento considerável de empregos híbridos e home office percebemos que “trabalhar sério” e “ser produtivo” tem muito a ver com se engajar, ser proativo e saber trabalhar em equipe, correto? Por isso, nada mais justo do que criar espaços físicos e emocionais em que as pessoas possam alcançar suas metas com menos estresse e ansiedade.